Estudo Bíblico Teológico
Tema: O Sangue Derramado nas Dispensações
Definição de dispensação: Um
período de tempo no qual os homens são provados por Deus a respeito da
obediência a cerca da revelação de sua vontade.
O sangue na dispensação da inocência
Para que o plano da revelação do
homem fosse completo, era necessário que o cordeiro de Deus fosse morto e o seu
sangue fosse derramado Hb.9.22, por isso que na revelação a João na Ilha de
patmos, foi dito que o sangue foi derramado antes da fundação do
mundo.(Ap.13.8).
Após ter pecado, o homem tentou
esconder a sua nudez, (Gn.3.7): mas a solução estava com Deus, pois só Ele tem
a solução para o pecado.(Gn.3.21).O amor ágape alcançou Adão, e ele saiu do Éden com duas lições para passar aos filhos, são elas:
1ª O homem por si próprio não pode resolver o problema “Pecado” não poderia cobrir com folhas, teria de ser com sangue.
2ª Somente Deus pode salvar o homem do pecado, e a salvação se efetua através de seu filho, o Nosso Senhor Jesus Cristo. Glórias a Deus por ter nos amado primeiro.
O sangue na dispensação da consciência
Adão aprendeu com Deus a maneira de cultua-lo cobrindo o pecado com o sangue de animais,usando um cordeiro sem manchas e sem defeitos. A prova disto é que Abel para cultuar a Deus procedeu dessa maneira, certamente instruído pelo pai, o qual só tinha Deus para ensina-lo. Quanto a Caim, talvez não teve a humildade de pedir um cordeiro a Abel a fim de fazer o holocausto, por isso ofertou a Deus o que tinha nas mãos, os frutos da terra. Porem Deus não se agradou da oferta de Caim, pois a ordem era oferecer o cordeiro para que o sangue fosse derramado.
Talvez Caim tenha se esquecido que Deus havia amaldiçoado a terra, e por isso não se agradou da sua oferta, pois faltava o sangue do cordeiro no altar de Caim; sangue este típico do sangue de Cristo.
Deus tem rejeitado muitas ofertas, sacrifícios e louvores, pois o espírito canamita tem usado muitos para trazer louvores místicos com mensagens distorcidas para dentro das Igrejas.
O sangue de Cristo é a marca que Deus precisa ver em nós, para que Ele receba o nosso sacrifício.(Gl.6.17). Que a nossa marca seja a marca do sangue de Jesus Cristo.
O sangue na dispensação do governo humano
O homem não valoriza o culto a Deus, dando preferência aos desejos do coração; colhendo com isso a ira divina em forma de dilúvio. Mas o sangue marcou a vida de Noé e sua família, tornando-lhe “justo” no meio de uma geração perversa e má. (Gn.7.1). Ao sair da arca, após baixar o nível das águas, Noé edificou um altar e ofereceu a Deus um sacrifício em forma de holocausto, era o sangue presente nesta dispensação e na vida de Noé (Gn.8.20). Deus pode contar com Noé e sua família para preservação da humanidade. Hoje Ele conta conosco para divulgação do evangelho da salvação, para que sejamos testemunhas vivas do sangue de Cristo vertido na cruz.
Noé antes de começar uma nova vida, buscou a Deus através do sangue do cordeiro deixando para nós uma lição, antes de qualquer empreendimento devemos buscar a direção de Deus através de Cristo, pois é o seu sangue que nos lavou para uma nova vida. (Rm.6.4). Noé não se preocupou com o que iria comer, beber ou plantar, nem onde iria morar, sem que antes tivesse contato com o sangue.
Uma nova vida só se obtém com o sangue de Cristo, e não com dinheiro, casa própria, carro novo.
O sangue na Dispensação Patriarcal
Nesta dispensação encontramos uma história que nos comove e nos ensina a amar a Deus sobre todas as coisas. Abraão recebeu de Deus a promessa de que dele nasceria uma grande nação, Abrão mesmo em idade avançada creu, e após 25 anos de espera Deus lhe deu Isaque, e tudo ia bem, mas Deus lhe pediu Isaque em sacrifício no monte Moriá. Abraão sabia que Isaque era o filho da promessa, que Deus lhe havia dado, porem se Deus lhe pediu, ele preferiu obedecer a Deus como primeira regra de fé, acima de todas as coisas. Abraão levou seu filho para o monte Moriá, armou o altar, com a lenha e o fogo, Isaque amarrado para ser sacrificado, Abraão levanta o cutelo e então Deus disse a ele: não estenda a mão sobre o rapaz, olhe e veja o cordeiro preso pelo chifre nos arbustos.
Não foi necessário a morte de Isaque, Deus providenciou um cordeiro para substituí-lo,um tipo de Jesus Cristo, que seria morto no calvário em nosso lugar. Deus não aceita sacrifícios humanos, isso é costume do paganismo. Abraão foi justificado pela fé, antes que viesse a lei, porque não negou seu próprio filho a Deus, a promessa se cumpriu nele como pai de muitas nações e nosso pai na fé.(Gn.22; Rm.4.18.22).
O sangue na dispensação da lei
Após 430 anos de cativeiro no Egito, Deus enviou Moisés para libertar o povo, e deu poderes a ele para reivindicar a libertação junto ao Faraó, e como este tinha o coração endurecido, foi preciso que Deus enviasse dez pragas sobre o Egito para que ele deixasse o povo sair. A ultima praga foi a morte dos primogênitos, e para que os primogênitos de Israel fossem preservados da morte foi preciso o sacrifício do cordeiro pascal, aí entra o sangue na dispensação da lei. Deus ordenou que matassem um cordeiro e que seu sangue fosse posto nos umbrais das portas e não no limiar (a parte de baixo da porta, pois o sangue não poderia ser pisado, pois simbolizaria a libertação de Israel. Disse Moisés ao Faraó: Assim diz o Senhor: à meia noite eu sairei pelo meio do Egito. (Ex.11.4).
Foi a pior noite para os egípcios, o terror tomou conta dos lares, mas para os israelitas foi uma noite de paz, e com certeza será sempre para todos nós que temos a marca do sangue de Jesus Cristo na porta de nosso coração, pois seremos livres da morte eterna.
Os israelitas eram alvos do escárnio dos egípcios que não entendiam a razão do sangue nas portas, mas era o que fazia a diferença (Ml.3.18). Naquela noite o que fez a diferença foi o sangue do cordeiro, hoje é o sangue de Jesus Cristo que nos faz diferentes dos ímpios.(João.6.56).
Esta dispensação durou 1.430 anos, onde Israel sacrificava por ano cerca de 250.000 cordeiros em holocausto pelo pecado do povo.
Pequeno resumo da história de Israel até chegarmos ao sangue de Jesus.
Ex. 25.10-16, Deus mandou fazer uma Arca de madeira de acácia, para guardar o testemunho. A Arca representava a presença de Deus, como algo muito sagrado e que não podia ser tocada a não ser pelos levitas que eram consagrados como sacerdotes..
Passaram-se 400 anos de período Inter bíblico (Amós 8.11) profetizou a vinda da palavra do Senhor. Deus enviou João Batista, pregando no deserto, anunciando ao povo para se arrepender, pois o reino de Deus se aproxima. Quando batizava no rio Jordão, chegou Jesus e João revelou: Eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.(Mt.3.1-2); (João 1.29-b).
Jesus iniciou seu ministério ensinando,pregando e curando, até que com sua morte vicária deu fim a dispensação da lei, e deu inicio a dispensação da graça que se encerrará com o arrebatamento da Igreja. Cristo não herdou a natureza pecaminosa de Adão, a verdade é que Deus se fez maldito por nós(Gl.3.13), sendo assim o preço foi pago por Ele. Não são as obras que salvam, mas sim o sangue vertido no madeiro da cruz, removendo a maldição e tornando-nos em remidos do Senhor. (Lc.23.42).
O sangue na dispensação da graça
Em todas as dispensações o sangue foi visível, porem a partir desta o sangue não podia ser visto. O maior privilégio é nosso,pois temos contato direto com o seu sangue (João 20.29), e embora não vemos, temos vestes alvas, brancas como a neve, por ter sido lavadas no sangue do cordeiro. (Ap.7.14 – 1ºJoão.1.7).
Nesta dispensação o sangue tem poder de: Salvação – João 3.16; Propiciação – Rm3.25;
Justificação; Rm.5.9: Redenção; Ef.1.7: Nova Aliança; 1ªCor. 11.25; Purificação;1ªJoão 1.7: e entrada no Santo dos Santos. Hb.10.19.
O sangue na dispensação do governo divino
O sangue nas vestes do cordeiro, (Ap.19.13). Após o arrebatamento da Igreja, a mesma passará pelo tribunal de Cristo e Bodas do Cordeiro (Ap.19.9), e então Cristo desce com a Igreja para a implantação do reino milenar. Em (Ap.19.13), comprova-se que Jesus Cristo vingará o sangue de todos que foram martirizados por amor ao Evangelho.
A comparação usada por Deus na revelação a João, é tirada de um costume típico da época, amassar uvas no lagar. Amém.
Bíbliologia:
Bíblia, Almeida R.C. Ed. Contemporânia. Ed. Vida 1994.SP,
Apostila do Instituto Betel de ensino Superior do ABCD.
Bitencourtte, Dr. José Domingos.
Elaborado por: Pr. Narciso L. Silva. D/R
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